Apesar de sufocadas pela violência, as heresias continuavam a
existir de maneira secreta. Por essa razão, durante o pontificado do papa Gregório IX (1227-1241),
o Concílio de
Toulouse (1229) criou
os "inquisidores
da fé".
Os inquisidores estavam encarregados de averiguar as crenças das
pessoas. Podiam encarcerar os suspeitos. Esses atos eram cometidos
secretamente, seja por meras suspeitas, seja por simples denúncias que eram
provocadas pelos mesmo inquisidores e cujos autores permaneciam ocultos.
O acusado não
era acareado com seus acusadores. Para obriga-lo a confessar, os inquisidores
podiam submeter a vítima à tortura. Às vezes o deixavam vários dias sem comer ou beber, ou lhe esmagavam os dedos num torno, ou o faziam beber à força enormes quantidades de água. Depois de ter sido obrigado a confessar, o tribunal
pronunciava solenemente a sentença.
O herege que se
arrependia era condenado ao "emparedamento", isto é, àprisão. Se continuasse com suas práticas hereges tornava-se "relapso" e, então era queimado vivo. O suplício era executado pelo "braço secular" entregue às autoridades civis, que executavam a
sentença da Igreja.
Por Julia Fabrício
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